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Aposta em energia

A eficiência foi o tema do Salão Europeu de Veículos Comerciais da Alemanha e as marcas realçaram seu papel de estarem comprometidas com a sustentabilidade
A eficiência foi o tema do Salão Europeu de Veículos Comerciais da Alemanha e as marcas realçaram seu papel de estarem comprometidas com a sustentabilidade
A redução de consumo de combustível e algumas realidades em tecnologias a base de energias limpas foram os temas centrais do IAA (Salão Europeu de Veículos Comerciais) em Hannover, na Alemanha. O evento aconteceu depois de um ano ruim considerado um dos piores momentos econômicos enfrentados pela Europa, por conta da crise mundial. Segundo Andreas Renschler, membro do conselho de administração da Daimler AG, aos poucos, um novo panorama está sendo construído. “Hoje vemos que muitas áreas sobreviveram e, entre elas, a de veículos comerciais. Estou contente que neste salão podemos comemorar a retomada do mercado”, ressalta.
Os números de vendas para os primeiros oito meses deste ano, na realidade da marca, provam a mensagem de Renschler. No segmento de ônibus, a companhia teve um incremento de 22%; para a Mercedes-Benz Van, a alta correspondeu a 48% e no segmento de caminhões, o acréscimo foi de 33%. O executivo acrescentou ainda que o desafio para poder crescer no setor não está em atender à demanda do cliente, que dá muita importância aos custos operacionais. “Cerca de 90% dos custos com caminhões só incidem no bolso do frotista depois da compra, e o custo com combustível é o maior deles”.
A eficiência ganhou espaço no estande da marca da estrela que mostrou o Atego híbrido, que passa a ser produzido em série para abastecer o mercado europeu. O modelo, avaliado pela DHL para atender ao segmento de distribuição urbana, rendeu bons resultados à companhia, que, depois de avaliá-lo, encomendou mais 50 unidades. Líder no segmento em que atua na Europa Ocidental, o Atego, assim como o Axor, passou por novidades estéticas, cujas linhas remetem ao do irmão pesado Actros.
A Iveco comemorou o faturamento de 8 bilhões de euros e a participação de mercado em torno de 8% pelo mundo. Como a América Latina é responsável por 15% desse montante – e o Brasil representa em 60% da fatia na região -, os dirigientes pretendem investir mais no país. Satisfeita com tamanha recuperação, a Iveco quer injetar R$ 570 milhões no Brasil até 2011. Paolo Monferino, CEO da fabricante italiana, seguindo o ritmo do salão, também realçou o tema eficiência. No estande da Iveco, – onde estavam expostos todos os modelos da marca -, dois caminhões em especial chamaram a atenção: o EcoStralis e o Iveco Glider, sendo este último um veículo conceito da marca, porém, equipado com itens que podem se tornar realidade dentro de poucos anos. O EcoStralis, por sua vez, foi projetado para garantir eficiência, afim de minimizar o consumo de combustível. “Por agora devo dizer apenas que o EcoStralis é inovador”, revelou Paolo Monferino, CEO da Iveco.
Georg Pachta-Reyhofen, presidente do Grupo MAN concordou com a opinião de Renschler, ao afirmar que 2009 não foi um bom ano, contudo, para 2010 já enxerga resultados animadores – sobretudo, se olharmos o mercado latino-americano, incluindo o Brasil, que foi o palco principal do estande da MAN Latin America. Isso porque o mercado para a companhia na região segue em plena expansão. Enquanto no primeiro semestre de 2010 a fabricante cresceu 70% no mercado mundial, em relação à igual período ano passado, apenas na América Latina expandiu 65% nas vendas. No Brasil, de janeiro a agosto, a marca registrou 30,3% de participação no mercado de caminhões acima de 5 t.
Com um crescimento constante nos seus negócios em países emergentes, a MAN tem como foco a implementação da internacionalização nos países do BRIC. Na Índia, Pachta-Reyhofen crê que o mercado chegará à maturidade econômica, seguindo o ritmo de nações como China e Brasil, onde a MAN possuem ações da Sinotruck e é dona da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, respectivamente. “Hoje, é necessário concebermos, em nosso portfólio, produtos muito bem definidos para atender a diferentes mercados pelo mundo”, refere-se Pachta-Reyhofen em relação aos desafios da marca.

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