.: Família Justi: heróis da estrada

Família Justi: heróis da estrada

Lírio Justi, com os irmãos Nelson e Jorge Wachak, prontos para enfrentar 34 dias de estrada
Conto agora um pouco da história de quatro caminhoneiros ilustres de São Mateus do Sul, que deram importante contribuição para o desenvolvimento da região. José Justi (Jucão) e seus três filhos — Íris, Ivo e Lírio —, desde a década de 1950, transportaram grandes quantidades de madeira e demais produtos, de São Mateus para todo o Brasil.
O F-7 zero quilômetro de José Justi (1951)
Seu Jucão, proprietário do primeiro FNM de São Mateus do Sul, faleceu em 1994, enquanto Ivo — um artista nato que construiu uma bela réplica de um galeão espanhol — nos deixou há quase um ano. Lírio e Íris ainda têm muitas histórias para contar, como quando uma queda de barreira os obrigou a ficar parados por várias horas na beira da estrada, próximo a Campo do Tenente. Naquela ocasião, viajavam juntos, além dos dois irmãos, Joaquim Firmino (Joaca), “Mingo”, Miguel Rutkewski (Nino) e Marinho Lazzari. Impedidos de seguir viagem, logo serviram-se de um barril de chopp, que era transportado por um deles.
José transportando em seu FNM o trator que abriria os primeiros cortes no terreno da área da SIX (1959).
Uma interessante história da trajetória de seu Jucão foi quando a Petrobras o contratou para transportar um trator, que viria a abrir os primeiros cortes no terreno da área da SIX [Área de mineração e industrialização de Xisto], em 1959. Ele foi escolhido porque seu caminhão era um dos únicos, na época, capazes de transportar um trator daquele porte.
Lírio Justi, Íris Justi, Joaquim Firmino, “Mingo”, Miguel Rutkewski e Marinho Lazzari tomam chopp enquanto aguardam a liberação da pista.
Já na década de 1970, devido às condições das estradas e às características dos caminhões, uma viagem de Ponte Alta (SC) a Recife (PE), como a feita por Lírio em 1973 (acompanhado de Jorge e Nelson Wachak), levava até 34 dias.
Uma informação relevante, que nem todos devem saber, é que os irmãos Justi dificilmente precisavam levar seus caminhões à oficina. Eles mesmos possuíam espaço e conhecimento para solucionar os problemas mais recorrentes dos seus veículos.

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